A IBM revelou um novo microprocessador, chamado TrueNorth, que tem o objetivo de simular a forma de pensar do cérebro humano para resolver problemas, em vez de confiar na força bruta dos cálculos matemáticos para a resolução.
Ao contrário dos processadores modernos, o TrueNorth foi criado para compreender o ambiente, lidar com ambiguidades e tomar ações em tempo real compatíveis com o contexto. A proposta seria também criar um dos chips mais eficientes em consumo da energia da história, já que não seriam mais necessários tantos cálculos pesados para realizar uma ação, segundo o gerente da IBM Dharmendra Modha,
O TrueNorth conta com 5,4 milhões de transístores, o maior número que a IBM já conseguiu colocar em um chip. Além disso, também foram incluídos um milhão de neurônios e 245 milhões de sinapses programáveis. O processador é modelado com base no cérebro humano.
Mesmo assim, Modha diz que a quantidade é suficiente para fazer funcionar dispositivos que consigam emitir alertas de tsunamis, monitorizar vazamentos de óleo, entre outras tarefas. Tudo isto consumindo a mesma quantidade de energia que um aparelho auditivo.
Em tese, o chip poderia utilizar bem menos processamento para tarefas complexas, o que pouparia energia.
Uma das possibilidades de aplicação da tecnologia é ajudar pessoas cegas a andar tranquilamente por um ambiente sem problemas.
O chip tem sido destaque por possivelmente ajudar a superar a arquitetura de Von Neumann, usada em basicamente todos os computadores desde 1948, que confia no sistema matemático para processamento. Assim, a máquina seria capaz de “pensar” de forma autônoma, semelhante aos seres vivos.
A empresa ainda não tem previsão de lançamento do TrueNorth. O chip já está na sua segunda geração e está em fase de pesquisas e testes e prazos de chegada ao mercado ainda são algo distante da realidade.